sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um toque, dois toques. Alô!


Toda vez que toca o telefone, eu penso que é você.
(Engenheiros do Hawaii)


Nunca pensei que ia esperar, entende? Sempre achei que ia querer seguir o mais rápido possível, dar continuidade na minha vida, te esquecer, mas hoje eu percebo que eu não quero, não quero seguir em frente e ver você ser parte do passado, não quero ir embora, ir por outros rumos e ver você ficar pra trás, eu ainda sinto vontade de me aninhar no sofá ao seu lado, sinto vontade de voltar no tempo, fazer de você meu forte, me esquecer só pra te lembrar.
Tudo nessa casa me lembra que eu não quero conhecer o que vem pela frente, tudo aqui me lembra do quanto eu quero voltar e esbarrar de novo em você, segurar de novo sua mão, beijar de novo sua boca, tudo aqui me lembra que eu quero você em tudo e cada migalha pela trilha me guia até sua vida, mas mesmo assim não quero ir embora, não posso abandonar a nossa casa.
Eu não vou te pedir pra voltar, como prometi que não faria, mas vou deixar claro que parei aqui e vou esperar, eu sei que um dia você vai vir e tudo vai se resolver, eu sei que um dia suas mensagens vão voltar a chegar, seu sorriso vai voltar a iluminar as paredes do nosso quarto e eu vou poder dizer que esperar vale a pena, mesmo quando a gente pensava que seguir era a melhor solução.

terça-feira, 21 de junho de 2011

1938.






Você é meu surrealismo, não te vejo, te sinto e mesmo sentindo, não entendo.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ari


Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado. (Nando Reis)


Você me fez querer riscar muitas e muitas paginas do meu passado, me fez querer apagar boa parte daquilo tudo que vivi, fiquei tonta procurando uma borracha que fosse eficaz, mas não me aparecia nenhuma, sai na chuva pra ela borrar a tinta que usei pra escrever 'pra sempre', mas nem a chuva fez sair de mim a marca que você deixou quando me fez promessas tão doces. E hoje pude perceber, não era preciso tanto, era só virar a pagina.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ultimo.


Senti saudades de escrever pra você, então resolvi deixar a emoção e as lembranças me dominarem pra te fazer uma ultima carta, mas por que a ultima? Simplesmente porque nós não somos mais, não somos mais amantes, nem amigos, não somos mais namorados, nem colegas de classe somos, então não vejo mais porque continuar a te escrever. Eu penso muito em você ainda, não é com aquela frequencia enlouquecedora, porque agora estou muito ocupada tentando viver bem, mas penso sim, toda vez que passo em frente ao muro em que ficavamos encostados nos beijando, ou quando tomo sorvete com cauda de chocolate e lembro que iamos sempre na mesma sorveteria, fazer o mesmo pedido etalvez seja só eu que me lembre dessas coisas, mas mesmo assim gosto de te manter meio vivo aqui.

Não vou mentir pra você, tiveram outras pessoas sim, até cheguei a pensar que era paixão, mas não durou nada e eu sempre acabava lamentando por não ter seu colo pra chorar, eu sei que você está bem, te vi de longe um dia, faz meses na verdade e eu pude perceber como está bem, mudado, acho que é a falta do aparelho e eu senti uma vontade de estar perto de você, mas não podia, não depois de tudo, afinal é errado largar todo o esforço que me manteve longe de você e correr pros seus braços só porque eu ainda sinto meu corpo queimar quando te vejo, mesmo que de longe.

Acabei de me lembrar que nunca te disse adeus, não de verdade, então aqui vai: Adeus, boa sorte na faculdade, boa sorte com a suas namoradas, boa sorte com a vida e cuidado que ela pode ser muito traiçoeira e guarde a minha ultima carta como recordação, não quero morrer pra sempre na sua memoria. Eu não vou dizer que te amo, porque estaria mentindo, mas ainda te sinto dentro do meu coração