quarta-feira, 11 de maio de 2011

Selvagem.


Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou
mas tenho muito tempo. (Legião urbana)



E quando tudo passou, sentei na sarjeta, pra pensar um pouco em tudo, foram três anos vivendo intensamente essa historia maluca de amor-não-amor, três anos dos meus dezesseis que eu doei pra você e e agora percebo o quanto tudo isso foi burrice da minha parte, por que eu não entendi antes que só não era pra ser?
Olha, agora, estou aqui e tenho certeza que você está em algum lugar por ai também, vivendo sua vida sem nem se lembrar de mim e seu nome não estará escrito em parte alguma da minha biografia, nem todos meus textos serão pra você daqui pra frente e eu vou esperar, até aparecer um outro alguém e de vez em quando vou comparar ele com você, mas não é por te querer de volta não, é só pra ter um motivo pra lembrar de como era fofo quando você penteava os cabelos com a mão e me chamava de baixinha.
E a vida continua e parece que nada mais vai fazer sentido depois que agente passa três anos sendo de alguém, mas faz sim, tudo faz sentido quando acaba o sentimento de perda inicial e você abre os olhos de verdade e está lá: Uma vida inteira, cheia de novas pessoas.
O sentido da vida é só se aventurar, com esses novos amores, amigos, conhecidos, que um dia vão ir embora também, talvez depois de mais três anos, ou um, ou meses, vão embora e ai tudo recomeça, mas tudo sempre tem um sentido e recomeçar talvez seja a graça.

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