sábado, 19 de março de 2011

Troco os pronomes.


" [...] Te fiz comida, velei teu sono, fui teu amigo, te levei comigo..."


Para que fosse para sempre, ela escreveu em uma folha qualquer que significava muito:


Coloquei comida na tijela do Bob, mas a noite quando chegar não esquece de reabastecer, fiz café, comprei o pão e deixei tudo pronto em cima da mesa, pensei em te acordar pra me despedir, mas acho que a nossa noite de amor já valeu. Então é isso, adoraria escrever "até logo" aqui, mas não posso, mentir assim é falta de amor próprio, vou escrever então da forma correta "até quem sabe, um dia" e me desculpe, pelos palavrões, pelas vezes que te arremessei pratos por ter chegado tarde e saiba que eu ainda quero que você me cante, talvez agora que eu não estou mais aqui pra sugar todo seu tempo, você me escreva em uma canção. Fica, porque eu me despeço, assim.

Com amor, que não existe mais, Paula.






" [...] E me diz: Pra mim o que é que ficou?" (Legião Urbana)


Um comentário:

  1. Nossa Lu, quando comecei a ler o texto, achei que seria uma daqueles bilhetinhos de amor que vocÊ lê assim que acorda com café na cama. Depois que li tudo, re li novamente para tentar "captar" a situação... A sensação que eu tive, foi que era a ultima vez, estou certa? E mesmo que houvesse um "quem sabe um dia" seria apenas um "oi", porque você foi embora dessa vez. Seria isso ou entendi errado?!


    Beijo querida =*

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