quinta-feira, 7 de abril de 2011

Café quente.


E sem brigar, sem nem chorar, ela disse, disse que estava indo embora.
(Sideral)



João lia um bilhete escrito com a letra tão inclinada dela, enquanto tomava um capuccino sentado na mesma mesa de sempre, do mesmo café de sempre.
Ele parecia tão tranqüilo, tão pouco e procurava nas pessoas que passavam na calçada por uma menina magra, que usasse all star e camiseta de menino e mesmo assim fosse tão sua, mas não a encontrou e aquele bilhete era a confirmação que ela não viria.
Chegou em casa e mais uma vez correu na direção do armário dela, mas não tinha nada lá, sentou ao lado do Bob, fez carinho nele e sorriu, mas não sentia o sorriso.
Ela foi embora e a carne de João doia enquanto ele fazia o prato vegetariano preferido dela e pensava "Minha Paula" e segurava a vontade de ligar, segurava.



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